Saiu na imprensa nesta semana um caso que deixou muitos pais de cabelos em pé. Acontece que uma família recebeu uma multa de 132 mil dólares referente a uma escultura que o filho, de cinco anos, teria quebrado em uma visita a uma exposição no Kansas, Estados Unidos.
Segundo a Revista Pais & Filhos, que repercutiu a notícia aqui no Brasil, a mãe teria ido com o filho a este centro comunitário com as obras e não viu quando o pequeno encostou na escultura. Para as autoridades locais, ela teria sido negligente por não ter orientado a criança a não mexer nas coisas. No entanto, ela se defende que um local que é aberto aos pequenos não pode ter algo tão valioso desprotegido.
Comportamento: Quem tem a culpa?
Em verdade, não existe uma culpa. De fato, a peça deveria estar mais bem protegida e, de fato, a mãe deveria ter sido incisiva com a criança. Mas sabemos quão desafiadores os pequenos podem ser, porque estão em fase de descoberta. Eles querem explorar, querem testar os limites. E nem sempre conseguiremos dar conta de tudo isso, infelizmente é a verdade. Um segundo é o suficiente para algo ruir.
A mãe da criança, Sarah Goodman, se mostrou indignada com a situação, apesar de aliviada que nada de grave aconteceu com ele. “Ninguém jamais esperaria que viesse a um lugar que as crianças fossem convidadas e tivessem que se preocupar com uma peça de arte de 132 mil dólares que caiu sobre seu filho. Ele não quebrou de propósito. A peça caiu sobre ele. Não era seguro, não era seguro – de jeito nenhum”.
O contraponto
De fato, é imprescindível que um local de exposição tenha orientações, ainda que em placas ou por profissionais do local, para que os convidados se atenham e mantenham determinada distância de cada objeto valioso.
No entanto, por se tratar de um local de exposição, logicamente entendemos que é preciso um cuidado, especialmente quando levamos as crianças. Como dissemos acima, os pequenos querem testar os limites, então de fato cabe uma conversa inicial sobre o que vai ser encontrado ali.
É muito importante manter uma conversa aberta com as crianças e trata-las com respeito a ponto de mostrar que eles podem entender como se comportar em todos os lugares. É imprescindível explicar para eles sobre qualquer lugar que adentrarão, porque a casa dos outros não tem a mesma regra que a nossa.
Quando falamos sobre isso, pensamos justamente em qualquer situação, mesmo que a criança vá visitar um coleguinha ou alguém da família. Existem limites, e eles devem ser explorados, inclusive para a criança começar a entender, desde pequena, sobre como e quando devem agir sobre quaisquer situações.
É claro que um lugar que convida crianças para visitação deve ter uma preocupação com seus objetos valiosos. Mas também não custa combinar o passeio com a criança previamente, não é mesmo? 🙂
Fonte: Pais & Filhos